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Fim da DIRF: Risco Oculto para Quem não se Prepara no eSocial

  • Foto do escritor: Nokware
    Nokware
  • há 6 dias
  • 6 min de leitura

Com o fim da DIRF, já não basta conferir o DARF. Chegou a hora das empresas correrem para evitar surpresas e agora é pra valer.


Homem consultando atualização da DIRF na receita federal
Fim da DIRF: Como se preparar para as mudanças e evitar problemas.

Por que está acontecendo essa mudança?


Desde meados de 2025, a Receita Federal oficializou que a Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF) será extinta. As informações que antes eram prestadas de forma anual pela DIRF deverão ser reportadas mensalmente via eSocial e EFD-Reinf.


Uma live realizada pela Receita Federal no dia 24 de setembro de 2025 — sobre o tema “Fim da DIRF x eSocial” — teve como objetivo esclarecer os pontos mais sensíveis dessa transição para contribuintes e empresas. A motivação oficial é clara: eliminar duplicidades de informações, reduzir retrabalho, aumentar a consistência dos dados e modernizar obrigações tributárias no contexto do SPED (Sistema Público de Escrituração Digital).


Fim da DIRF X e-Social

Mas por trás desse movimento, há desafios práticos, riscos fiscais e operacionais para empresas que não se prepararem adequadamente. Nas próximas seções, vamos destrinchar os números, impactos e cenários de adequação.



1. Panorama técnico e legal: o que muda


1.1 O que era a DIRF — escopo e limites

A DIRF era a obrigação pela qual fontes pagadoras informavam à Receita:

  • O valor do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre rendimentos pagos a beneficiários (pessoas físicas ou jurídicas).

  • Rendimentos isentos ou não tributáveis, mesmo na ausência de retenção.

  • Pagamentos a plano de saúde coletivo, contribuições, remessas ao exterior, etc.


Em termos de periodicidade, essa prestação era anual (normalmente até o mês de fevereiro ou março do ano seguinte).


Limitações da DIRF incluíam:

  • Duplicidade com outras obrigações (IRPF, retenções informadas via eSocial, GFIP etc.).

  • Falta de atualização em tempo real: ao longo do ano, alterações nos dados não eram refletidas até a entrega final.

  • Necessidade de cruzamentos e checagens posteriores, com risco de inconsistências.


1.2 O novo modelo: eSocial + EFD-Reinf

Com o fim da DIRF, as informações relativas a IR retido, rendimentos e retenções devem ser transferidas para os sistemas:

  • eSocial: responsável por informações trabalhistas, previdenciárias e de rendimentos a empregados e prestadores.

  • EFD-Reinf: prestações de retenções tributárias feitas a pessoas físicas e jurídicas, além de outras obrigações fiscais correlatas.


Com essa nova abordagem:

  • As informações devem ser enviadas mensalmente.

  • A redundância (informar o mesmo dado em DIRF e em outros sistemas) é eliminada.

  • Os dados tornam-se mais dinâmicos e passíveis de cruzamento contínuo por parte da Receita.


1.3 Calendário e vigência

A Receita Federal já confirmou que a DIRF deixará de ser utilizada a partir do ano-calendário 2025 (ou seja, para rendimentos ocorridos em 2024, não será mais exigida a DIRF).


Ou seja: para as empresas, já a partir de 2025, as informações de IR retido que antes iam na DIRF devem ser reportadas no fluxo contínuo via eSocial/EFD-Reinf.


A live da Receita, em 24 de setembro, que ocorreu entre 14h30 e 16h30, foi uma das ações de orientação sobre esse prazo e os ajustes práticos que empresas devem fazer.


1.4 Benefícios esperados (e riscos)

Benefícios esperados:

  • Menos obrigações redundantes e menos retrabalho administrativo.

  • Dados mais atualizados e menores gargalos nos cruzamentos da Receita.

  • Melhoria na qualidade das informações para a declaração de IR de pessoas físicas (preenchimento pré-preenchido mais confiável).

  • Alinhamento à lógica do SPED e à modernização dos sistemas fiscais no Brasil.


Riscos e desafios para as empresas:

  • Erros ou inconsistências na base do eSocial/EFD-Reinf poderão repercutir imediatamente, sem “tempo para conserto” no ciclo anual.

  • Sobrecarga de processamento mensal: empresas menores podem ter dificuldades de estrutura para adaptar rotinas.

  • Sistemas legados ou integrações de ERPs poderão não estar preparados para absorver esse fluxo de dados contínuo.

  • Penalidades fiscais no caso de descumprimento ou inconsistências nos dados transmitidos.



2. Impactos práticos para empresas com o fim da DIRF


2.1 Readequação de sistemas e integrações

Empresas que utilizam ERPs, sistemas de folha ou módulos contábeis precisarão:

  • Ajustar rotinas para alimentar o eSocial/EFD-Reinf de modo automático ou sem falhas.

  • Garantir que os dados de retenções, rendimentos, benefícios e demais rubricas estejam corretos e integrados com os módulos de pagamentos, benefícios e financeiro.

  • Testar exaustivamente os relatórios e exports que alimentam esses sistemas, para evitar divergências.


Para quem opera com TOTVS Protheus, por exemplo, será necessário certificar que todos os módulos de folha, benefícios e integrações fiscais estejam aptos a gerar os eventos corretos para o eSocial/EFD-Reinf — sem depender de “ajustes pontuais manuais”.


2.2 Mudança de cultura operacional

  • O fechamento contábil/fiscal mensal ganhará nova importância: mais atenção à consistência dos dados antes do envio.

  • Processos antes feitos “ao final do ano” — como ajustes e conferências da DIRF — deverão migrar para uma rotina mensal de auditoria e conferência.

  • Equipes de departamento pessoal, contabilidade e fiscal precisam atuar de forma coordenada e colaborativa para garantir sinergia nos dados.


2.3 Riscos fiscais e de compliance

  • Divergências entre o que foi declarado no eSocial/EFD-Reinf e o que foi mantido internamente podem gerar autuações, multas ou exigências de retificação.

  • A Receita poderá cruzar dados em tempo real ou próximo disso, elevando a fiscalização nas empresas que apresentarem inconsistências sistemáticas.

  • Em muitos casos, o contribuinte pessoa física (empregado ou prestador) utilizará a declaração pré-preenchida com base nos dados fornecidos via eSocial/EFD-Reinf — erro nesses dados pode causar retrabalho ou malha fina para o contribuinte.


2.4 Custo de adequação

  • Investimentos em tecnologia, consultoria, ajustes de infraestrutura e capacitação de equipes.

  • Possível contratação de serviço especializado (outsourcing, BPO de folha ou fiscal) durante o período de ajuste.

  • Custos com retificações, multas ou exigências em caso de falhas no envio.



3. O papel estratégico da consultoria RH da Nokware


3.1 Expertise em ERP, BPO e folha de pagamento com Protheus

A Nokware possui experiência em projetos de consultoria tecnológica, BPO (terceirização de processos) e gestão de folha de pagamento, com domínio do ecossistema TOTVS Protheus.


Esse know-how permite:

  • Avaliar e mapear gaps entre o ambiente atual do cliente (sistemas existentes, rotinas, integrações) e o novo modelo exigido por eSocial/EFD-Reinf.

  • Desenvolver ou coordenar ajustes técnicos no Protheus para garantir que os módulos de folha, benefícios, retenções e geração de eventos atendam os requisitos exigidos pela Receita.

  • Auxiliar na definição de workflows, controles internos e rotinas de conferência mensal, minimizando riscos de inconsistência.

  • Oferecer serviços de BPO ou apoio operacional na fase inicial da migração, garantindo que a empresa não fique desassistida no período crítico de adaptação.


3.2 Como a Nokware pode apoiar a transição

  1. Diagnóstico de prontidão: levantamento técnico e fiscal do ambiente do cliente, identificando pontos de fragilidade.

  2. Mapeamento de requisitos: definição dos eventos obrigatórios, regras de negócio, fluxos e cruzamentos de dados para o eSocial/EFD-Reinf no contexto da empresa.

  3. Ajustes de sistema: customização, parametrizações e integração de módulos Protheus (folha, financeiro, contabilidade, benefícios).

  4. Testes, simulações e homologação: executar testes robustos, simular diferentes cenários (alterações contratuais, demissões, reajustes, benefícios) para garantir aderência.

  5. Capacitação e transferência de conhecimento: treinar equipes (DP, contábil, fiscal) para operar com os novos fluxos e rotinas.

  6. Acompanhamento e suporte pós-implantação: monitoramento, retificações e ajustes em caso de falhas ou exigências da Receita.


Com uma abordagem estruturada e segurança técnica, a Nokware pode fazer a diferença entre uma transição traumática e uma adequação controlada e bem feita.



4. Preparação para empresas

Item

Descrição / ação recomendada

Inventário de obrigações

Listar todas as obrigações atualmente atendidas pela DIRF (retenções, rendimentos, benefícios, isenções etc.)

Mapeamento de sistemas

Identificar quais módulos de ERP / folha / contabilidade se relacionam com essas obrigações

Verificação de compatibilidade

Conferir se versões de sistema (Protheus ou outro) já suportam os eventos eSocial/EFD-Reinf atualizados

Estrutura de integração

Garantir que sistemas legados, bancos de dados e módulos internos alimentem corretamente os eventos exigidos

Fluxos operacionais atualizados

Criar rotinas mensais de conferência, auditoria e ajuste antes do envio dos eventos

Simulações e testes

Realizar testes com dados reais, casos extremos e retificação para confirmar funcionamento

Monitoramento de mudanças legais

Acompanhar comunicados da Receita e ajustes das exigências técnicas

Apoio especializado

Avaliar contratação de consultoria técnica/fiscal para garantir segurança no processo


Conclusão


O fim da DIRF representa mais que uma simples extinção de obrigação: marca um salto evolutivo no modelo de prestação de informações tributárias no Brasil. Empresas que não se prepararem estarão sujeitas a riscos reais — de inconsistências fiscais a autuações — justamente num momento de maior atenção da Receita.


Contudo, essa transição não precisa ser traumática. Com planejamento adequado, ajustes técnicos e apoio qualificado, é possível adotar o novo modelo de forma segura. Nesse contexto, a Nokware, com sua experiência em ERP (especialmente Protheus), BPO de folha e consultoria fiscal, está posicionada para ser parceira estratégica nessa jornada de adaptação.



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